|_| Mariposa de Obsidiana |_|
30.9.03
Subjectivity
not only liberates itself,
it liberates a totality of possibilities.
It draws a new horizon.
Toni Negri
Apesar da nossa intimidade de comunicações e compreensão popular da totalidade da Terra, recentemente desenvolvidas, também nós, em 1969, nos encontramos ainda politicamente organizados inteiramente em termos da exclusiva e absolutamente obsoleta separação das soberanias.
Esta “soberania” – imposta pela força das armas – “nacional”, à qual se encontram obrigados os humanos nascidos nas diferentes terras, leva a uma escravidão cada vez mais severamente especializada e a uma classificação por identidades altamente personalizada. Como consequência desta escravizante “categorite”, perguntas cientificamente ilógicas, como veremos, e muitas vezes totalmente desprovidas de sentido, como “Onde moras?”, “O que és?”, “De que religião?”, “De que raça?”, “De que nacionalidade?”, são hoje consideradas perguntas lógicas. No século vinte e um, a humanidade terá percebido que essas perguntas são absurdas e anti-evolucionárias, ou então os homens terão deixado de viver sobre a Terra.
Richard Buckminster Fuller
29.9.03
CINDY SHERMAN
Untitled Film Still #21. 1978.
Collection The Museum of Modern Art, New York.
Untitled Film Still #5. 1977.
Collection The Museum of Modern Art, New York.
Untitled Film Still #54. 1980.
Collection The Museum of Modern Art, New York.
Untitled Film Still #48. 1979.
Collection The Museum of Modern Art, New York.
28.9.03
Mais nous devons aussi admettre que la littérature, actuellement du moins encore, constitue non seulement une expérience propre, mais une expérience fondamentale, mettant tout en cause, y compris elle-même, y compris la dialectique (...) l'art est contestation infinie.
Maurice Blanchot
Etant donnés : 1°) la chute d'eau, 2°) le gaz d'éclairage
MARCEL DUCHAMP 1946-1966
Le passage de la vierge à la mariée
MARCEL DUCHAMP 1912
Roue de bicyclette
MARCEL DUCHAMP 1913
Fontaine
MARCEL DUCHAMP 1917
FIRST THINGS FIRST
- written by Ken Garland, London, 1964
We, the undersigned, are graphic designers, photographers and students who have been brought up in a world in which the techniques and apparatus of advertising have persistently been presented to us as the most lucrative, effective and desirable means of using our talents. We have been bombarded with publications devoted to this belief, applauding the work of those who have flogged their skill and imagination to sell such things as: Cat food, stomach powders, detergent, hair restorer, striped toothpaste, aftershave lotion, beforeshave lotion, slimming diets, fattening diets, deodorants, fizzy water, cigarettes, roll-ons, pull-ons, and slip-ons. By far the greatest time and effort of those working in the advertising industry are wasted on these trivial purposes, which contribute little or nothing to our national prosperity.
In common with an increasing number of the general public, we have reached a saturation point at which the high pitched stream of consumer selling is no more than sheer noise. We think that there are other things more worth using our skill and experience on. There are signs for streets and buildings, books and periodicals, catalogues, instructional manuals, industrial photography, educational aids, films, television features, scientific and industrial publications and all the other media through which we promote our trade, our education, our culture and our greater awareness of the world.
We do not advocate the abolition of high pressure consumer advertising: this is not feasible. Nor do we want to take any of the fun out of life. But we are proposing a reversal of priorities in favour of the more useful and lasting forms of communication. We hope that our society will tire of gimmick merchants, status salesmen and hidden persuaders, and that the prior call on our skills will be for worthwhile purposes. With this in mind, we propose to share our experience and opinions, and to make them available to colleagues, students and others who may be interested.
O Sangue, 1989
Pedro Costa
Portugal
95'
35mm
O sangue
Portugal, 1989.
Produtor: Vitor Goncalves.
Realizador: Pedro Costa.
Director de Fotografia: Martin Schäfer.
Argumento: Pedro Costa.
Montagem: Ana Luisa Guimarães.
Música: Igor Stravinsky.
Com: Pedro Hestnes, Inês Medeiros, Luis Miguel Cintra, Isabel de Castro.
Duração, 95 minutos.
Distribuição: NFM/IAF.
Entrevista a Pedro Costa:
O que é que aprendeu com o Jean-Marie Straub e a Danièle Huillet?
Não sei se aprendi alguma coisa, mas confirmei aquilo em que já acreditava. Não houve desapontamento, nem desilusão, nem amargura; tudo o que imaginei dos Straub a partir dos filmes que eu vi - e eu vi-os todos - se confirmou. Tal como pensava, são pessoas que não fazem distinção entre a arte e a vida. O que fazem na vida fazem nos filmes. A relação que se estabeleceu entre nós não foi a de mestre/aluno, ou a do grande cineasta com o seu discípulo dilecto. Nada disso. O Straub apenas me dá razão, todos os dias, nas certezas que eu tenho. E isso é muito reconfortante.
Diz que não aprendeu muito. Mas nunca foi surpreendido?
Fui constantemente surpreendido. E a maior surpresa penso que é a forma amorosa - porque esta é, desde o princípio, uma história de amor - mas também exaltada, com que o Jean-Marie e a Danièle falam um com o outro. Aquilo parece-me muito o Howard Hawks. Aquela exaltação não anda longe dos grandes diálogos do cinema clássico americano. Este tipo de casal é o Cary Grant e a Katharine Hepburn, é o Humphrey Bogart e a Lauren Bacall.
É uma história de amor onde os grandes planos estão ausentes. Não há uma imagem clara das caras de Straub e Huillet, como se tivesse pudor em filmá-las.
Sim, não sou um cineasta de grandes planos, mas aí também entram questões muito práticas, de ordem técnica. Naquela sala de montagem não era possível iluminar, não era possível aproximar-me deles pelas costas, perde-se um pouco a noção do espaço e do tempo, como aliás já me acontecera No Quarto da Vanda.
Há muitas relações entre os dois filmes. É nessa direcção que quer ir, na direcção de um cinema cada vez mais documental, mais próximo da vida?
Não lhe sei responder. Se eu tiver um assunto ou um argumento original que me apeteça filmar não digo que não o faça. Mas por enquanto não me tem apetecido. Prefiro continuar com esta atitude modesta, que me permite trabalhar com três ou quatro cúmplices e nada mais. Esses três ou quatro já são a equipa toda. A preparação e a rodagem de um filme são coisas ridículas, e eu acredito que os filmes são radiográficos, tudo se vê: vê-se o dinheiro, vê-se a falsidade, sobretudo vê-se o que não está bem. Não quero isso nos meus filmes, o que não quer dizer que só venha a fazer documentários. Sei, no entanto, que gostaria de continuar a trabalhar com as pessoas com quem estou no bairro [das Fontainhas]: há outros problemas, outras histórias para contar. Já somos uma espécie de grupo de teatro amador.
Como surgiu a proposta para filmar Onde Jaz o Teu Sorriso?
Estava a meio da rodagem de No Quarto da Vanda, em 2000. Um amigo dos Straub, apesar de conhecer as suas resistências, contactou-me para saber se estava interessado em realizar um filme sobre eles para a série do [canal cultural] Arte Cineastas do Nosso Tempo. Eu aceitei, o Arte aceitou, com alguma desconfiança, e os Straub, apesar das resistências, também acabaram por aceitar. O filme já passou no Arte, numa versão de uma hora com a qual não estava satisfeito mas que até teve boa audiência, e agora vai estrear em sala, depois de ter conseguido financiamento para a sua transposição para formato de 35 mm.
O que é que os Straub lhe disseram?
O que é que me disseram? Eles disseram-me sempre: «que a tua velhice seja igual à tua juventude» (risos). Sobre o filme, a gente não fala muito nisso. Sei que o filme lhes fez muito bem e lhes deu prazer; sei que o filme é digno deles e que eles são dignos do filme. Não há nada a dizer. Nada faria contra eles e, como os próprios admitem, trabalhei como um cão para montar Onde Jaz o Teu Sorriso?. Apesar do filme parecer muito directo e fluido tudo é truncado, tudo é efeito. Não há 40 fotogramas seguidos. Mas tinha de ser assim, para que a minha verdade sobre os Straub pudesse passar e para que se goste deles.
É possível gostar do seu documentário sem gostar dos filmes do Straub?
É uma pergunta bizarra. Não sei. Admito que sim. Acho sobretudo que não é necessário ter visto o Sicília! para ver o meu filme. Mas Onde Jaz o Teu Sorriso? também foi feito contra a ditadura de uma certa crítica, que pode até amar os Straub, mas com os argumentos errados. Penso que o meu filme demonstra que há uma forma humana, não complicada, não teórica - porque, como dizia o Fritz Lang, com teoria não faria nada - de falar sobre um cinema diferente. Citando o Straub: se as pessoas têm paciência, têm paciência; se não têm paciência, vão ficar tristes para o resto da vida. Já não há muita gente assim, sabe. O Straub ainda é daqueles que aprendeu a fazer a cama e a pedir uma mulher em casamento através do cinema.
Falou há pouco que houve uma certa resistência dos Straub à realização deste documentário. Como é que essa resistência foi ultrapassada?
Temos um amigo comum - o Jacques Rivette -, que lhes garantiu que eu era de confiança. E depois, disse-lhes imediatamente que não iria fazer um documentário do tipo «entrevista-excerto de filme-entrevista», com o realizador a passear no bosque ou a beber um café. Eles não querem - ou não queriam - deixar traços para além das suas obras. Mas agora estão neste filme, durante uma hora e quarenta, filmados por mim. Agora é para a vida e para a morte.
(entrevista ao DiáriodeNotícias/2003)
Extractos de uma carta de Stéphane Mallarmé a André Gide, Quatorze Mai 1897:
«Le poème s'imprime, en ce moment, tel que je l'ai conçu ; quant à la pagination, où est tout l'effet. Tel mot, en gros caractères, à lui seul, domine toute une page de blanc et je crois être sûr de l'effet. [..] La constellation y affectera, d'après des lois exactes, et autant qu'il est permis à un texte imprimé, fatalement, une allure de constellation. Le vaisseau y donne de la bande, du haut d'une page au bas de l'autre, etc. : car, et c'est là tout le point de vue (qu'il me fallut omettre dans un "périodique"), le rythme d'une phrase au sujet d'un acte ou même d'un objet n'a de sens que s'il les imite et, figuré sur le papier, repris par les Lettres à l'estampe originelle, en doit rendre, malgré tout quelque chose.»
Moby Dick
Epilogue
«AND I ONLY AM ESCAPED ALONE TO TELL THEE.»
Job.
THE DRAMA'S DONE. Why then here does any one step
forth? - Because one did survive the wreck.
It so chanced, that after the Parsee's disappearance, I was
he whom the Fates ordained to take the place of Ahab's
bowsman, when that bowsman assumed the vacany post; the
same, who, when on the last day the three men were tossed
from out the rocking boat, was dropped astern. So, floating
on the margin of the ensuing scene, and in full sight of it,
when the half-spent suction of the sunk ship reached me, I
was then, but slowly, drawn towards the closing vortex.
When I reached it, it had subsided to a creamy pool. Round
and round, then, and ever contracting towards the button-
like black bubble at the axis of that slowly wheeling circle,
like another Ixion I did revolve. Till, gaining that vital cen-
tre, the black bubble upward burst; and now, liberated by
reason of its cunning spring, and, owing to its great buoy-
ancy, rising with great force, the coffin life-buoy shot lenght-
wise from the sea, fell over, and floated by my side. Buoyed
up by that coffin, for almost one whole day and night, I
floated on a soft and dirge-like main. The unharming sharks,
they glided by as if with padlocks on their mounths; the
savage sea-hawks sailed with sheathed beaks. On the second
day, a sail drew near, nearer, and picked me up at last. It
was the devious-cruising Rachel, that in her retracing search
after her missing children, only found another orphan.
Finis
Herman Melville
27.9.03
experimenta...
äda'web, engage
RCCS Welcome
VoS - Voice of the Shuttle
Tate Modern
Ctheory.net
nothing.org
Musée d'Art Moderne Grand-Duc Jean
O preceptor filósofo
De todas as ciências que se inculcam na cabeça de uma criança
quando se trabalha na sua educação, os mistérios do cristianismo,
embora uma das mais sublimes partes desta educação sem dúvida,
não são todavia os que se introduzem com mais facilidade no seu
jovem espírito. Persuadir, por exemplo, um jovem de catorze ou
quinze anos que Deus pai e Deus filho são só um, que o filho é
consubstancial ao pai, e que o pai é-o ao filho, etc, tudo isso, por
muito necessá¡rio que seja para a felicidade da vida, é mais difícil de
fazer entender do que a álgebra e quando se quer consegui-lo, é-se
obrigado a empregar certas aparências físicas, certas explicações
materiais que, por desproporcionadas que sejam, facilitam, no
entanto, a um jovem a inteligência do objecto misterioso.
Ninguém se achava mais profundamente penetrado deste método
do que o Senhor abade Du Parquet, preceptor do jovem conde de
Nerceuil, de cerca de quinze anos de idade e com a mais linda figura
que ver-se podia.
- Senhor abade - dizia todos os dias o pequeno conde ao seu
preceptor, - na verdade a consubstancialidade está acima das minhas
forças, é-me absolutamente impossível entender que duas pessoas
possam fazer só uma; desenvolvei-me esse mistério, suplico-vos ou,
ao menos, ponde-o em termos ao meu alcance.
O honesto abade, ansioso de triunfar na sua educação, contente
por poder facilitar ao aluno tudo quanto poderia constituir um dia
um lindo súbdito, imaginou um meio bastante agradável para
aplanar as dificuldades que embaraçavam o conde, e esse meio,
tomado na natureza, devia necessariamente resultar. Mandou vir
para sua casa uma rapariguinha de treze anos a catorze anos e,
tendo educado bem a pequerrucha, juntou-a ao seu jovem aluno.
- Ora bem - disse-lhe, - agora, meu amigo, concebei o mistério
da consubstancialidade: já compreendeis com menos dificuldade que
é possível que duas pessoas só façam uma?
- Ó meu Deus, sim, senhor abade - disse o encantador
energúmeno, - entendo agora tudo com uma facilidade surpre-
endente, não me admira se este mistério faz, diz-se, toda a alegria
das pessoas celestes, porque é muito agradável, quando somos dois,
divertirmo-nos a fazer um só.
Alguns dias depois, o pequeno conde pediu ao preceptor que lhe
desse uma outra lição, porque, pretendia ele, ainda havia algo no
mistério que não entendia bem e que não podia explicar-se senão
celebrando-o mais uma vez, como já o fizera. O condescendente
abade, a quem esta cena divertia realmente tanto como ao aluno,
mandou vir a rapariguinha e a lição recomeça, mas desta vez o
abade singularmente excitado com a perspectiva deliciosa que o
lindo pequenito de Nerceuil lhe apresentava ao consubstancializar-
se com a companheira, não pôde impedir-se de se introduzir como
terceiro na explicação da parábola evangélica, e as belezas que as
suas mãos devem percorrer para isso em breve acabam por inflamá-
lo totalmente.
- Parece-me que isso está a ir demasiado depressa - disse Du
Parquet sujeitando os rins do pequeno conde, - demasiada
elasticidade nos movimentos, donde resulta que a conjunção não
sendo já tão íntima apresenta menos bem a imagem do mistério que
aqui se trata de demonstrar... Se fixarmos, sim, desta maneira -
disse o mariola dando ao seu aluno o que este empresta à rapariga.
- Ah!, ó meu Deus, como me magoais, senhor abade, - diz o
jovem, - mas esta cerimónia parece-me inútil, que me ensina ela a
mais acerca do mistério?
- Ah, caramba - diz o abade balbuciando de prazer, - não te
apercebes, meu caro amigo, que te ensino tudo ao mesmo tempo? É
a trindade, meu filho... é a trindade que hoje te explico, mais cinco
ou seis lições e serás doutor na Sorbonne.
Donatien Alphonse François de Sade
Máscara, personaje de ficción, ninguno: Pessoa.
Su historia podría reducirse al tránsito entre la irrealidad de su vida cotidiana y la realidad de sus ficciones.
Estas ficciones son los poetas Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis y, sobre todo, el mismo Fernando Pessoa.
Octavio Paz
Ser Ciappelletto cheats a holy friar by a false confession, and lies; and,
having lived as a very bad man, is, on his death, reputed a saint, and
called San Ciappelletto.
Decamerone, Giovanni Boccaccio
Idade do pânico
Formas brancas apertadas
flutuam
atrás de mim
lábios azuis
tocando, gentilmente movendo
atrás de mim
como penas para a minha pele
procurando nas rochas
como o mercúrio, elas tocaram-me
inspirando, expirando
Historieta para Mariposa de Obsidiana
Neste novo mundo mover, tocar, envolver a responsabilidade e anseio por actos, opções, acções onde quebrando a superfície da água se sente.
Desde que colocaram a impotência/conformidade/submissão como vosso limite - que obedece a uma regra sem qualquer espécie de linguagem, - vos é familiar e imediato o afastamento da paz.
Daí a intervenção da consciência colectiva.
Viva e eficaz.
Não! - Ela já está no estado embrionário.
« - é... pensou ele, entre a dor e o nada, escolho a dor.»
Porque se a consciência colectiva pensa na mudança, desde logo realidade e imaterialidade são os seus compostos primários.
Então - momento em que a consciência colectiva se tornou inquebrável - a conformidade foi colocada em quarentena.
Ela não tomava atitudes,
agia.
Ela utiliza fragmentos afiados de luz, para fazer saltar o mundo. O nosso mundo.
...every brother is a star,
every sister is a star...
...every brother is a star,
every sister is a star...
Primal Scream
Às vezes fico parado a escutar duas pessoas que falam.
As conversas são muitas vezes tão adequadas às caras que as proferem
que me parece natural pensar sobre elas.
Os meus pensamentos são quase sempre filmes.
(...)
Sou um realizador que escreve e não um escritor.
Michelangelo Antonioni
O meu pensamento pensou-se... estou perfeitamente morto...
Stéphane Mallarmé, extracto de uma carta enviada a Henri Cazalis
Por toda a parte, os solitários forçados começam
a criar as palavras do novo diálogo.
(...)
Merece o que sonhas.
Octavio Paz
Duchamp, Duchamp du signe, Champs, Flammarion, Paris, 1975, e
Yves Arman, Marcel Duchamp. plays and wins. joue et gagne, Marval, Paris, 1984.
Frases de Marcel Duchamp retiradas dos dois livros atrás referidos:
Un tableau qui ne choque pas ne vaut pas la peine.
Je me force à me contredire pour éviter de suivre mon goût.
Art is produced by a succession of individuals expressing themselves; it is not a question of progress. Progress is merely an enormous pretension on our part.
Readymade réciproque - se servir d'un Rembrandt comme planche à repasser.
Puisque les tubes de peintures dont se sert l'artiste sont des produits manufacturés, c'est-à-dire tout faits, nous devons conclure que tous les tableaux du monde sont des Readymades aidés.
Si tous les artistes ne sont pas des joueurs d'échecs, tous les joueurs d'échecs sont des artistes.
Peut-on faire des oeuvres qui ne soit pas ``d'art´´?
Pour moi il y a quelque chose de plus que oui, non, ou indifférent - c'est - par exemple - l'abscence d'investigations de ce genre.
I have not stopped painting. Every picture has to exist in the mind before it is put on canvas, and it always loses something when it is turned into paint. I prefer to see my pictures without that muddying.
A guest + a host = a ghost.
There is no solution because there is no problem.
En réalité, les problèmes les plus profonds ne sont pas des problèmes du tout, puisque : La solution du problème de la vie s'entrevoit dans la dispparition de ce problème.
Chaque mot que je vous dis est stupide et faux.
....por variadas que sejam as formas segundo as quais a linguagem pode mostrar-se eficaz, não o é por comunicar conteúdos, mas por trazer à luz da maneira mais límpida a sua dignidade e a sua essência.
Walter Benjamin
Information is just that kind of quantifiable element which allows universal translation,
and so unhindered instrumental power.
Donna J. Haraway
26.9.03